Enquanto o Departamento de Segurança Pública investiga o caso, a policial exige que seja interrompida a divulgação de sua imagem, que não tem nenhuma relação com o incidente
Isabela Segundo, funcionária da polícia municipal, nega categoricamente ser a mulher que aparece no vídeo viral, no qual um casal de policiais faz sexo em uma viatura.
Através das redes sociais — antes de excluir seus perfis —, ela exigiu que cessassem as declarações difamatórias e o uso indevido de sua imagem.
“Bom dia, sou a colega que está sendo difamada pelo vídeo. Quero esclarecer que não sou a mulher do vídeo. Pelo que entendi, ela trabalha neste departamento e foi chamada para uma investigação interna. Ela explicou que não tem nenhuma relação comigo, pois eu pertenço ao grupo da polícia. Existem várias características faciais distintas, meu uniforme é preto e o dela é azul. Peço que me ajudem a impedir a divulgação de todas as imagens em que apareço, pois elas estão sendo compartilhadas em vários grupos. Não gosto de lidar com essa situação, pois ela pode afetar muitos aspectos da minha vida pessoal e profissional”, escreveu ela.
A jovem afirmou que seu uniforme preto pertence ao grupo Metropolitan, enquanto no vídeo a mulher está vestida com um uniforme azul, e também enfatizou que seu rosto e características físicas não correspondem ao rosto da mulher filmada no vídeo. Os usuários das redes sociais divulgaram imagens e comparações que ela considera falsas, o que a levou a excluir seus perfis devido à pressão da mídia.
No vídeo, aparentemente filmado por um estrangeiro, é possível ver duas pessoas uniformizadas sentadas nos bancos da frente de um carro da polícia e comportando-se de maneira claramente inadequada para funcionários públicos. Essas imagens provocaram uma onda de críticas à polícia.
Em 5 de agosto, o Departamento de Segurança Pública (SSC) de Cidade do México confirmou que os dois policiais envolvidos no vídeo já foram identificados e convocados para prestar depoimentos no âmbito de uma investigação interna conduzida pela Direção-Geral de Assuntos Internos.
“O Departamento de Segurança Pública não tolerará nenhuma ação que contrarie os protocolos da atividade policial, bem como os princípios que nos regem como instituição”, diz o comunicado do órgão. “Todos os casos que ultrapassarem os limites normativos serão investigados e punidos de acordo com a lei”.
Apesar do inquérito administrativo em curso, o caso teve consequências colaterais, como a difamação de Isabel Segundo, que agora exige que sua personalidade e reputação sejam respeitadas, uma vez que não tem qualquer relação com o incidente.