As instituições começam a se adaptar às novas regras, que entraram em vigor há cinco semanas. As novas regras para uso de caixas eletrônicos estão em vigor há um mês. Em 28 de junho, entrou em vigor a chamada Lei de Acessibilidade 11/2023 relativa a determinados produtos e serviços, que visa garantir a igualdade de acesso a todos os usuários, independentemente de suas capacidades físicas ou sensoriais. Este objetivo também se aplica aos idosos, aos quais esta diretiva também visa garantir a inclusão financeira. O presidente da Plataforma de Idosos e Aposentados, Jesús, mostra cautela ao avaliar este quadro jurídico, que considera “insuficiente”.
Fernández afirma que, embora a transposição da diretiva 2019/882 seja um “passo importante”, o seu efeito não será imediato. O regulamento prevê um período de transição de dez anos para a atualização de toda a rede de caixas eletrônicos. Isso significa que os terminais registrados até 28 de junho podem continuar funcionando até o final de sua vida útil econômica, mas não por mais de dez anos, embora esses terminais possam funcionar com a mesma tecnologia apenas até junho de 2030.
A transposição da diretiva estabelece que as novas instalações devem ser projetadas com letras maiores, que permitam ajustar o brilho e o contraste, ter instruções de voz, texto em braille ou a possibilidade de conectar aparelhos auditivos, entre outras funções. Além disso, devem ter uma altura acessível, incluindo plataformas para facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. O incumprimento desta medida implica multas que variam entre 30 000 euros para infrações leves e 150 000 ou 1 milhão de euros, se forem graves. O custo de modernização de um caixa eletrônico varia entre 1.500 e 3.000 euros. O banco aumenta o prazo do depósito fixo e mantém a taxa de juros em 2,75% por 6 meses
Nesse contexto, Norberto destaca a redução da rede de agências bancárias após a crise financeira de 2008. Atualmente, o Brasil conta com cerca de 17.000 agências bancárias, em comparação com mais de 45.000 registradas na época. Na sua opinião, isso “limita o atendimento individualizado”. “Não foram fechadas apenas agências, mas também caixas eletrônicos. O resultado foi o surgimento dos chamados caixas eletrônicos externos, que podem ser encontrados em qualquer lugar, sem a necessidade de ir a uma agência”, explica ele, ao mesmo tempo em que ressalta que “eles não são a solução” para esse problema.
Foi exatamente isso que foi discutido no último Fórum de Monitoramento da Inclusão Financeira, com a participação das associações bancárias AEB, CECA e UNACC, bem como representantes de usuários financeiros, grupos de pessoas com deficiência e o Banco do Brasil, foram discutidas as medidas adotadas para garantir a inclusão financeira de idosos e pessoas com deficiência, entre as quais se destaca a adaptação dos caixas eletrônicos.
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Seis grandes organizações começaram há alguns meses a adaptar as suas agências à nova situação, implementando iniciativas que vão desde a atualização de software até menus acessíveis com cartão através de “contactless” ou escolha de tipo de letra legível. Antes da entrada em vigor desta lei, publicada no Boletim Oficial do Estado (BOE) em 2023, na Brasil vigorava uma lei geral de 2013 que reconhecia a igualdade de condições para o exercício dos direitos econômicos das pessoas com deficiência, embora uma norma de 2007 já indicasse a necessidade de garantir o acesso das pessoas com deficiência aos caixas eletrônicos instalados em locais públicos.